entrevistador Cayo Honorato
estrevistado Daniel Scandurra
dezembro de 2011
você parece interessado em que seu trabalho seja de algum modo "eficiente". em relação a quê você mediria essa eficiência?
(juxtaposição de linguagens) será eficiente se estimular o público a deixar de ser público e instigar nele a percepção de estruturas e a possibilidade de transcriá-las (VOCÊ ECOA).
conforme indico no PROPAGRAMA (q nomeei METAESQUINA), o projeto está em progresso e tem metas explícitas, por exemplo: levantar a questão (se utópica, pela utopia!) d q o novo uso q dou ao relógio poderia ser uma alternativa viável d ocupação desse e outros meios d comunicação. além disso há uma meta implícita: apontar o grande paradoxo que foi todo esse processo. me refiro ao fato de a prefeitura ter retirado as colagens por serem ilegais e depois ter bancado a exposição da documentação das mesmas colagens em seu principal centro cultural.
mas o que esse "paradoxo" lhe diz?
é um ótimo retrato de como as coisas em (GELÉIA)geral “funcionam”: onde/quando arte e cultura só podem acontecer em espaço/tempo restritos e, além disso, são comumente dispostos como dieta privilegiada para especializados. (: 2012, fim do surdo: desespecializar).
MAS, as colagens proibidas foram selecionadas para o ccsp: eis a BRECHA.
para ter sua meta explícita correspondida (dito: os relógios funcionando como plataformas feitas por/para quem (se) interessar) METAESQUINA correria sérios riscos de se “institucionalizar”, MAS lembro q A AUTOmAÇÃO É REALIDADE : GESTÃO DIRETA ▼I▲ WEB (extensões: fb+yt+wiki+gdocs ≤ vc) : ▼I▲ RUA : cem saídas..
me ocorre que sua "meta explícita" parece funcionar na medida em que de algum modo fracassa. o que te faz pensar que suas colagens não vendem nada?
a contribuição milionária de todos os erros: dialética/EXPERIÊNCIA = fracasso = sucesso. não há como garantir q o uso dos relógios não venda algo, direta ou indiretamente, mas tem como garantir q não seja preciso comprar o espaço para usá-lo, liberdade q PROPICIA outras metas para o meio-relógio (daí o caráter prototípico das colagens q fiz).
você propõe um "diálogo direto com a vida", mas ao mesmo tempo "não vacila em ampararestruturar-se", de modo prioritário, no legado da poesia concreta, e também em outras formas de arte. que tipo de indistinção entre arte e vida seu trabalho introduz?
não se trata de pura indistinção mas de uma desigualdade dialética: a arte reprogramar a vida (para que ▼I▼▲) : METAESQUINA é uma provocação para q se abram (os) espaços de manifestação, q sejam livres . se a poesia concreta já foi, oswald já foi, CLARK HO, se foi torquato e TUDO q ESTÁ DITO, sobrevive a ▼▲I▲ : ignição para invenção de novosprogramasroteiros : ver/comer/rever as metas permanentes (lance de dados/4’33’’/cavaletes de (grande)VIDRO/ /meiomensagem/sobedécio : ) : TUDO ESTÁ INFINITO : pra m'inspirar abro a janela como um jornal : novos meios novos : todos criadores e conscientes d(isso é prioritário) ,
aplicados sobre os vidros do CCSP, os HEXACUBOS se multiplicam em reflexos por todo o espaço. eles não só condensam tudo o que se pode ver, mas podem ser vistos em “todos” os lugares. de que maneira isso lhe interessa? [eu também poderia continuar perguntando por seu interesse pelas intersemioses (música, design, literatura etc.), da sua astúcia em ocupar todos os espaços (biblioteca, elevador, entradas etc), do caráter pregnante e repercussivo (você ecoa) do trabalho, da sua vontade de onipresença, de se indexar a momentos diversos da história da arte contemporânea (metaesquina, sobedécio, jogos de dados etc.), mas de ser também “cultura de massa”. e poderia problematizá-lo perguntando se isso seria uma tática de ocupação ou uma vontade de controlar a circulação do seu trabalho
pode considerar aqui aquela ideia de “multiplas ramificações de significados” que está anotada no caderno que deixei acessível ao público durante a exposiç (
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estrevistado Daniel Scandurra
dezembro de 2011
você parece interessado em que seu trabalho seja de algum modo "eficiente". em relação a quê você mediria essa eficiência?
(juxtaposição de linguagens) será eficiente se estimular o público a deixar de ser público e instigar nele a percepção de estruturas e a possibilidade de transcriá-las (VOCÊ ECOA).
conforme indico no PROPAGRAMA (q nomeei METAESQUINA), o projeto está em progresso e tem metas explícitas, por exemplo: levantar a questão (se utópica, pela utopia!) d q o novo uso q dou ao relógio poderia ser uma alternativa viável d ocupação desse e outros meios d comunicação. além disso há uma meta implícita: apontar o grande paradoxo que foi todo esse processo. me refiro ao fato de a prefeitura ter retirado as colagens por serem ilegais e depois ter bancado a exposição da documentação das mesmas colagens em seu principal centro cultural.
mas o que esse "paradoxo" lhe diz?
é um ótimo retrato de como as coisas em (GELÉIA)geral “funcionam”: onde/quando arte e cultura só podem acontecer em espaço/tempo restritos e, além disso, são comumente dispostos como dieta privilegiada para especializados. (: 2012, fim do surdo: desespecializar).
MAS, as colagens proibidas foram selecionadas para o ccsp: eis a BRECHA.
para ter sua meta explícita correspondida (dito: os relógios funcionando como plataformas feitas por/para quem (se) interessar) METAESQUINA correria sérios riscos de se “institucionalizar”, MAS lembro q A AUTOmAÇÃO É REALIDADE : GESTÃO DIRETA ▼I▲ WEB (extensões: fb+yt+wiki+gdocs ≤ vc) : ▼I▲ RUA : cem saídas..
me ocorre que sua "meta explícita" parece funcionar na medida em que de algum modo fracassa. o que te faz pensar que suas colagens não vendem nada?
a contribuição milionária de todos os erros: dialética/EXPERIÊNCIA = fracasso = sucesso. não há como garantir q o uso dos relógios não venda algo, direta ou indiretamente, mas tem como garantir q não seja preciso comprar o espaço para usá-lo, liberdade q PROPICIA outras metas para o meio-relógio (daí o caráter prototípico das colagens q fiz).
você propõe um "diálogo direto com a vida", mas ao mesmo tempo "não vacila em ampararestruturar-se", de modo prioritário, no legado da poesia concreta, e também em outras formas de arte. que tipo de indistinção entre arte e vida seu trabalho introduz?
não se trata de pura indistinção mas de uma desigualdade dialética: a arte reprogramar a vida (para que ▼I▼▲) : METAESQUINA é uma provocação para q se abram (os) espaços de manifestação, q sejam livres . se a poesia concreta já foi, oswald já foi, CLARK HO, se foi torquato e TUDO q ESTÁ DITO, sobrevive a ▼▲I▲ : ignição para invenção de novosprogramasroteiros : ver/comer/rever as metas permanentes (lance de dados/4’33’’/cavaletes de (grande)VIDRO/ /meiomensagem/sobedécio : ) : TUDO ESTÁ INFINITO : pra m'inspirar abro a janela como um jornal : novos meios novos : todos criadores e conscientes d(isso é prioritário) ,
aplicados sobre os vidros do CCSP, os HEXACUBOS se multiplicam em reflexos por todo o espaço. eles não só condensam tudo o que se pode ver, mas podem ser vistos em “todos” os lugares. de que maneira isso lhe interessa? [eu também poderia continuar perguntando por seu interesse pelas intersemioses (música, design, literatura etc.), da sua astúcia em ocupar todos os espaços (biblioteca, elevador, entradas etc), do caráter pregnante e repercussivo (você ecoa) do trabalho, da sua vontade de onipresença, de se indexar a momentos diversos da história da arte contemporânea (metaesquina, sobedécio, jogos de dados etc.), mas de ser também “cultura de massa”. e poderia problematizá-lo perguntando se isso seria uma tática de ocupação ou uma vontade de controlar a circulação do seu trabalho
pode considerar aqui aquela ideia de “multiplas ramificações de significados” que está anotada no caderno que deixei acessível ao público durante a exposiç (
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